sábado, 6 de dezembro de 2014

Que beijo

Eu sentado na minha varanda sem motivo algum recordo-me da minha primeira relação sexual, que por sua vez foi bem precoce. Lembrei de todos os beijos que já dei desde aquele dia, nem todos com sabor de mel, mas beijei. Naquela época era algo pra se orgulhar. Com o tempo o amadurecimento me fez diferenciar bocas que queriam beijos e bocas que queriam qualquer coisas dentro delas. 

Posso afirmar que já tive beijos ruins, que te deixam pensativos durante o beijo,  que certas vezes me levaram ao questionamento, sobre a pessoa pensar que sua língua é um tipo de centrífuga. Mas também conheci o outro lado da moeda, pessoas com beijo surpreendente como quem te entrega o mundo como presente. E pra quem me conhece, sempre tive a natureza de rasgar meus presentes na cama. 

Sempre gostei de beijos que ambos mostram comando, beijos com segundas intenções, mas que tentam permanecer como primeiras. Beijo de pegada, barba baixa e nunca vazia. Com mãos firmes e lábios que sempre parecem pedir mais. Beijo sentido, molhado mas que de forma alguma mostra ostentação. Que ao mesmo tempo que morde suplica por  mordida. Beijos que sabem a dosagem entre o carinho que te faz perder o chão e a safadeza que te faz delirar. Aquela coisa suave e animal juntas. Beijos aqueles que fazem nossas mãos percorrer o corpo e com isso vai desarmando tudo, a calça jeans apertada já não é mais problema se é que me entendem.

É, eu sou num admirador de beijos que trazem cores as coisas. E assim vão brincando de artistas e desenhando um na boca do outro. Beijos coloridos com aquele desejo de não querer parar mais, com mordidas nas quais parecem um convite a mudar de local. Desejo poder presenciar mais beijos como estes, que nos fazem esquecer do mundo abrindo nossa  imaginação e certas vezes o  zíper...

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